quinta-feira, 23 de julho de 2009

O inaceitável...

Novamente me desculpo pelo blog-faquir, mas a tese sofreu uma reestruturação após a banca de qualificação e isso está me ocupando um tempo danado.
Uma coisa me obrigou a escrever, no entanto. A indignação da imprensa com o pedido - atendido - da neta do Sarney.
Ora, a neta pediu um emprego público para o namorado. E conseguiu.
A República não pode conviver com isso! Ele ter sido o presidente do PDS durante a ditadura militar, o vice da Aliança Democrática, assumido a presidência sem ter tomado posse como vice-presidente, lutado para aumentar seu próprio mandato, tentado restringir a atuação da Assembléia Nacional Constituinte, acabado com a economia com planos fabulosos, mantido uma política patrimonialista durante todo esse tempo, estabelecido um mando familiar em dois estados... tudo bem! Mas arrumar um emprego público para o namorado da neta, daí não dá. Isso sim mostra como ele não serve para a política brasileira.
Francamente... até quando abusarão da nossa paciência?

sábado, 11 de julho de 2009

E o Beto?

Mais denúncias de caixa dois, de uso de poder político na campanha do Beto Richa... E daí, o que se fará? As ações eleitorais estão esgotadas, o prefeito tem maioria absolutíssima na Câmara de Vereadores... E como se provaria a potencialidade de alterar o resultado da eleição com a votação que ele obteve? Talvez reste a via da ação de improbidade. E certamente é a hora de repensarmos a possibilidade de reeleição.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sobre o voto distrital

Depois de uns dias silenciosos, entre tosses da pequena e qualificação da tese, voltei. Desta vez para compartilhar uma leitura curiosa, nessa minha cruzada para entender porquê insistem, nova e novamente, no sistema distrital de votação.
Recomendo a análise que Helvécio de Oliveira Azevedo faz sobre "A política brasileira, os sistemas eleitorais e o voto distrital no Império e na República" no livro de Themistocles Brandão Cavalcanti, "O voto distrital no Brasil", publicado pela FGV em 1975.
Vale refletir sobre as análises feitas e sobre os efeitos do sistema que, em determinada época da República Velha, fazia coincidir a divisão dos distritos com as áreas dominadas pelos maiores coronéis (p. 178). E é curioso ler os pronunciamentos nas casas legislativas sobre o sistema eleitoral. E ver que ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.