terça-feira, 17 de março de 2009

De deputados e deputados


Às voltas com questões familiares e questões acadêmicas - algumas prazeirosas, outras chatíssimas - me deparei com a morte de Clodovil. A eleição dele me soou como um acinte do eleitorado, um manifesto contra a classe política, mas, como democrata, me curvei à vontade popular e ao sistema eleitoral. Suas manifestações políticas sempre foram distantes de qualquer preocupação republicana e seus modos e suas manias na Câmara não desmentiam minhas impressões. Foi infiel ao partido pelo qual foi eleito, mas encontrou absolvição junto aos homens de preto. Hoje, lendo seu histórico como deputado, vi que seus projetos pouco farão falta ao Brasil, como sua tentativa de PEC, que pretendia diminuir o número de deputados federais de 513 para 250. E eu, que insisto na necessidade de mais representação, e não menos representantes, fico sem ter o que dizer na defesa de um deputado assim. E o pior que já já aparece alguém lamentando a perda de um grande democrata...

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