terça-feira, 25 de agosto de 2009

Investigações filosóficas

Ando angustiada, bem naquele momento em que a tese não desenvolve, em que a cada texto lido você acha mais três referências indispensáveis, e que a banca não está ainda definida e o prazo se escoa, escorrendo entre os dedos...
Enquanto isso, acompanho à distância as articulações eleitorais para forjar imagens (normalmente negativas), alavancar candidaturas, especular o imponderável, tudo com um vasto apoio profundamente parcial da grande imprensa. Ainda me surpreendo com algumas propostas de regras eleitorais, como a possibilidade de propaganda paga (!!!) nos portais da internet, e me pergunto, até quando?
Estava esses dias pensando em tudo isso enquanto levava a pequena para escola e, para não pensar mais, resolvi contar uma historinha para ela, que tem dois anos e meio e está na fase mais aguda (espero) dos porquês e das perguntas. De repente, ela me vem com essa: "Mamãe, o que é vida?".
Eu paro e sorrio: ora, eu me preocupando com o dia-a-dia, com a minha titulação, com as coisas mundanas... e vem essa nanica me trazer um pouco de metafísica! Ao contrário de Fernando Pessoa como Alberto Caeiro, não lhe respondi "olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates". Segui sorrindo e muito mais leve, percebendo que as coisas erradas andam perturbando meu sono.

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